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Sem filtros, sem retoques, sem paz: por que Paolla incomoda tanto?





Dizem que mulher bonita incomoda. Mas parece que mulher livre incomoda mais.

Paolla Oliveira, uma atriz consagrada, talentosa, independente, vira e mexe vira matéria.


Mas não por seu trabalho, e sim pelo seu corpo.

Ela se posiciona contra os filtros que distorcem a realidade. Recusa a edição de imagens que apagam marcas, dobrinhas, poros. Assume a pele como ela é. E, ironicamente, por mostrar o corpo real, foi chamada de “gorda” na internet. Como se gorda fosse um xingamento. Como se o corpo de uma mulher fosse um problema a ser corrigido, discutido, apontado. Como se ser mulher fosse, por si só, um convite ao julgamento alheio.


Mas o que tanto incomoda no corpo de uma mulher livre?


Vivemos cercadas por padrões irreais que nos ensinam desde cedo a não gostarmos do que vemos no espelho. Que nos fazem acreditar que, para sermos aceitas, precisamos caber em moldes apertados. Então, quando uma mulher rompe com isso, quando ela se escolhe, quando se recusa a pedir desculpas pelo próprio corpo, a reação é quase sempre um ataque.

Um ataque infundado, mas estratégico: a intenção não é só criticar, mas fazer com que ela duvide de si mesma. Que recue. Que volte para o lugar de submissão estética que tanto esperam de nós.


E é exatamente por isso que precisamos nos posicionar. Porque se calarmos, continuaremos sendo definidas po



r regras que não escolhemos. Aceitar nosso corpo não é apenas um ato de amor próprio. É um ato político. É reivindicar nosso espaço sem precisar encolher. É dizer, sem medo: eu sou suficiente.


E quando uma mulher faz isso, ela abre caminho para que outras façam também. Porque empoderamento não é sobre ser aceita pelo outro, é sobre se aceitar primeiro. E seguir em frente, ocupando todos os espaços que sempre foram nossos por direito.

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